Violência Zero

Colocado em Inovação Social

1. Identificação da Entidade – Prática

Qual a designação da prática: Violência Zero

Prática em: Referenciação

Entidade Responsável pela Prática: CooLabora – Intervenção Social

Pessoa de Contato na Entidade: Diana Silva

E-mail: coolabora@gmail.com

Página Web e/ou Redes Sociais: http://www.coolabora.pt/ https://www.facebook.com/CooLabora-CRL-185540068304/?fref=ts

Telefone: 275335427

2. Identificação da Prática de Qualificação / Capacitação /Inovação Social

Identificação das áreas temáticas (Escolher a(s) opção/opções que melhor enquadre a prática): Violência Doméstica

Objetivos e finalidade da Prática: É uma iniciativa que promove uma abordagem integrada de prevenção e combate à violência doméstica e de género, com intensidade nos concelhos da Covilhã, Fundão e Belmonte. Trabalha em 4 vertentes: atender e apoiar vítimas; dinamizar uma rede de parceiros de suporte; reforçar as competências de intervenção de públicos estratégicos e sensibilizar a comunidade. Para alcançar estes objectivos engloba: funcionamento gratuito e confidencial de um gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica; intervenção com agressores/as; dinamização de Grupos de Ajuda Mútua; realização de reuniões bimensais da rede de parceria; organização e dinamização de workshops para públicos estratégicos e para a comunidade; Coordenação de um Plano Municipal para a Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género que envolve meia centena de entidades e a intervenção de jovens universitários/as na realização de actividades de promoção de uma cultura de paz e não-violência em contextos escolares.

Beneficiários e destinatários - público-alvo: Tem como beneficiários/as e destinatários/as directos/as vítimas de violência doméstica que procurem apoio psicológico, jurídico ou social, de forma espontânea ou através de encaminhamento institucional. Dirige-se ainda a agressores/as; profissionais que lidam directa ou indirectamente com vítimas de violência doméstica ou que trabalham na área da intervenção social, educação, saúde, serviços de atendimento ao público e IPSS; entidades da Rede Social da Covilhã e à população em geral.

Parceiros comprometidos com a prática [Indique as organizações comprometidas, formal e informalmente, com a prática]: CooLabora; ACES Cova da Beira, Câmara da Covilhã, Centro de Emprego da Covilhã, Centro Hospitalar Cova da Beira, Centro de Respostas Integradas, Direcção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais, Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Guarda Nacional Republicana, Ministério Público da Covilhã, Mutualista Covilhanense, Polícia de Segurança Pública, Rede Social da Covilhã e UBI - Departamentos de Psicologia e Sociologia).

Identificação do Princípio(s) em que a prática se inscreve. Selecione uma ou mais das seguintes opções: Inovação Social, Equidade e Inclusividade

3. Fundamente a(s) escolha(s) acima referida(s): apenas o princípio que quer ver referenciado ou reconhecido

4. Caracterização e Construção da Prática

A que problema pretende responder? Que solução foi implementada?: Pretende responder ao problema da violência doméstica. Criou o Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica que fornece serviços gratuitos e confidenciais de apoio psicológico,informação jurídica e encaminhamento social.Foram criados:Grupos de Ajuda Mútua;implementação de um Programa de Intervenção para Agressores/as; dinamização de sessões de sensibilização e formação para técnicos/as e comunidade em geral;iniciativa de voluntariado universitário para a prevenção da violência nas escolas

Que competências foram necessárias para a construção da prática?: Foi necessário obter financiamento para a implementação do projecto. Depois, foi necessário reunir uma equipa técnica multidisciplinar (ciências sociais e humanas e ciências jurídicas), com experiência profissional na área da igualdade de género. Foi também necessário estabelecer contactos com instituições do concelho com actuação relevante na área da violência doméstica, convidando-as as integrar a rede de parceria. Posteriormente apostou-se na divulgação dos serviços do Gabinete.

Como foram envolvidos os beneficiários e destinatários da prática?: Foram sendo envolvidos/as através da divulgação dos serviços do Gabinete (distribuição de folhetos e cartazes em locais públicos estratégicos, sensibilização através dos meios de comunicação social – jornais locais e rádios) e através do encaminhamento por parte das entidades parceiras. O facto de se dinamizarem sessões públicas de sensibilização para a prevenção da violência também foi um factor determinante para informar e envolver.

Que metodologias e instrumentos foram utilizados?: Foram utilizadas metodologias de publicitação e divulgação pública dos serviços e iniciativas e decorrer; de mobilização institucional através da angariação de entidades parceiras que depois procedem ao encaminhamento e da dinamização de sessões públicas de sensibilização.

Que dificuldades e obstáculos foram encontrados? Quais as formas encontradas para os superar?: A principal causa estrutural da violência doméstica – as desigualdades de poder socialmente construídas, desenvolvidas e toleradas que tecem a violência doméstica como um problema de género – as crenças culturais que dificultam o reconhecimento da violência doméstica como um crime e que impedem os pedidos de ajuda ou de denúncia, tornando este um assunto tabu e as instituições que directamente o tratam uma fonte de desconfiança. Procurou-se superar através da criação de uma rede sólida de entidades parceiras – instituições de 1ª linha de actuação – por forma a facilitar a sensibilização e assegurar o encaminhamento das situações. Outra dificuldade sentida foi a localização do Gabinete que, por ser num local periférico da cidade provocava constrangimentos de deslocação e de fácil associação ao fenómeno da violência doméstica. Problema ultrapassado com apoio logístico da CM da Covilhã que ofereceu novas instalações, de fácil acesso e que permite assegurar uma maior confidencialidade.

A prática contribuiu para o reforço das competências dos atores, agentes e organizações envolvidos na sua construção? Quais e em que medida?: Fomos apostando na implementação de actividades que contribuíram amplamente para o reforço das competências profissionais e humanas dos/as actores/actrizes, agentes e organizações envolvidos no processo de construção do Projecto. A CooLabora facilitou a implementação de diversos workshops formativos para médicos/as e enfermeiros/as, professores/as e pessoal não docente, alunos/as; técnicos/as de intervenção social, forças de segurança e entidades da Rede Social em geral. Ao nível da parceria, são realizadas reuniões plenárias bimensais com todas as entidades onde se partilha informação da gestão dos casos e se planificam acções. Formação anual, de 12 a 20 horas, na área da igualdade de género e prevenção e combate à violência doméstica e de género, destinada a voluntários/as universitários/as. Tem sido realizadas acções de sensibilização e formação nas 4 áreas de intervenção: Infância e Juventude; Terceira Idade; Serviços Públicos e de Atendimento a Vítimas e Agressores/as e Autarquias

A prática demonstra valor e mais-valias que garantem a sua autossustentação e viabilidade?: Sim, na medida em que o apoio a vítimas de violência doméstica tem impactos muito significativos no bem estar social global e também na redução de custos do SNS. O trabalho em Rede das entidades parceiras permitiu a todas uma rentabilização dos recursos existentes pelas complementaridades criadas e pela não duplicação de esforços.

Liste e anexe evidências relevantes para aprofundamento da prática (links sites, fotografias, documentos resumo, documentos síntese de avaliação, testemunhos, notícias, etc.: Flyer de divulgação

5. Transferência, Incorporação e Disseminação da Prática

Em que medida pensa que a prática pode ser útil a outras organizações?: Pode ser útil na medida em que após 5 anos de trabalho foi possível afinar bastante os documentos de suporte aos procedimentos internos relativos ao apoio a vítimas e criar em parceria o Guia de Intervenção em Rede.

Em que medida estaria disponível para apoiar uma adaptação da prática a outros contextos ou trabalhá-la em parceria com a Rede ANIMAR?: Estamos disponíveis para apoiar a adaptação da prática, disponibilizar documentação interna e a trabalha-la em parceria com a Animar.

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